Filósofo francês explica que o jogo é uma construção social que deve ser estruturada desde cedo. E o professor pode enriquecer essa experiência.
Sob o olhar de um educador atencioso, as brincadeiras infantis revelam um conteúdo riquíssimo, que pode ser usado para estimular o aprendizado. Gilles Brougère, um dos maiores especialistas em brinquedos e jogos na atualidade, entrou nesse universo totalmente por acaso. Desde o fim da década de 1970, o tema tornou-se objecto de estudo no grupo de pesquisadores em que ele actuava. Como na época não existiam investigações sobre a temática, Brougère vislumbrou o muito que havia para fazer.
Desde então, ele pesquisa a cultura lúdica da perspectiva da sociedade na qual cada criança está inserida. É o contexto social, diz ele, que determina quais serão as brincadeiras escolhidas e o modo como elas serão realizadas.
Os seus estudos indicam que os pequenos se baseiam na realidade imediata para criar um universo alternativo, que ele baptizou de segundo grau e no qual o faz de conta reina. Graças a um acordo entre os participantes - mesmo os muito pequenos -, todos sabem que aquilo é "de brincadeira". Por isso, fica fácil decidir quando parar. Pelo mesmo motivo, um jogo não pode ser nem muito entediante nem muito desafiante ao ponto de provocar ansiedade.
Características básicas da brincadeira.
- Faz de conta.
Toda brincadeira começa com uma referência a algo que existe de verdade. Depois, essa realidade é transformada para ganhar outro significado. A criança assume um papel num mundo alternativo, onde as coisas não são de verdade, pois existe um acordo que diz "não estamos chateados, mas fazendo de conta que estamos lutando".
- Decisão.
Como tudo se dá num universo que não existe ou com o qual só os jogadores estão de acordo que exista, no momento em que eles param de decidir, tudo para. É a combinação entre o segundo grau e a decisão que forma o núcleo essencial da brincadeira. A esses dois elementos, podem-se acrescentar outros três. Para começar, é preciso conhecer as regras e outras formas de organização do jogo. Além disso, o brincar tem um caráter frívolo, ou seja, é uma acção sem consequências ou com consequências minimizadas, justamente porque é "de brincadeira". Por fim, há o aspecto da incerteza, pois o brincar tem de se desenvolver em aberto, com possibilidades variadas. Quando todos sabem quem vai ganhar, deixa de ser um jogo (e, nesse ponto, é o contrário de uma peça de teatro, que também é "de brincadeira", mas que sabemos como acaba).
Brincadeira relacionada com a cultura lúdica.
A cultura lúdica são todos os elementos da vida e todos os recursos à disposição das crianças que permitem construir esse segundo grau. Ela não existe isoladamente. Quando a criança actua no segundo grau, mantém a relação com a realidade (o primeiro grau), pois usa aspectos da vida quotidiana para estabelecer uma relação entre a brincadeira e a cultura local num sentido bem amplo. Depois, os pequenos desenvolvem essa cultura lúdica, que inclui os jeitos de fazer, as regras e os hábitos para construir a brincadeira. Um bom exemplo são as músicas cantadas antes de começar uma brincadeira no pátio da escola.
25/02/2011
A IMPORTÂNCIA DA LUDOTECA NA VIDA DAS CRIANÇAS
É da nossa responsabilidade dar às crianças um bom futuro sem violência, com um bom e sólido ambiente familiar ou uma profissão segura. Hoje, o “educador” dos jovens é a televisão, Internet, jogos digitais; a realidade que estas emanam incute valores e comportamentos de violência. Diz-se, e com razão, que “os avanços da tecnologia não são bons nem maus mas dependem do uso que se lhes dá”. Portugal é o país da Europa que mais consome televisão. O professor Dr. Manuel Pinto, do Instituto de Ciências Sociais da Universidade do Minho, no seu trabalho A televisão no quotidiano das crianças, conclui que num ano as crianças passam 1100 horas nas aulas e 1210 horas em frente à televisão.
As consequências numa criança quando esta fica exposta à televisão durante excessivos períodos de tempo passam pela fuga psicológica, o afastamento e a depressão. Esta fuga significa “anulação de si próprio” e, uma outra consequência, a agressividade. Como tal, aconselho que se elimine ao máximo o contacto da criança com a televisão já que a televisão que hoje temos não permite um crescimento harmonioso.
Contudo, se voltarmos a este ponto , veremos que a melhor alternativa a esta vida sedentária será uma ocupação que eduque e desenvolva as capacidades infantis só possível em espaços recheados de jogos e materiais didácticos, por exemplo, nas ludotecas e que oriente as crianças para uma criatividade saudável. A orientação “é um processo psicopedagógico que pretende o desenvolvimento do indivíduo como ser autónomo” e que as ludotecas permitem que se construa através do jogo e do bom aproveitamento do tempo livre e do lazer das crianças.
O lazer é definido baseando-se no comportamento. O lazer leva-nos a uma imensidão de actividades recreativas e não-obrigatórias que derivam das escolhas e necessidades pessoais. Para as crianças o tempo livre é o tempo fora da escola.
O comportamento infantil é envolto em fantasia e imaginação. Na sociedade moderna o tempo que sobra para as crianças terem as suas próprias decisões é muito limitado. É a família e a escola quem definem o seu tempo e, por isso, as actividades extracurriculares são impostas à criança sob o pretexto do uso do tempo livre de uma forma construtiva.
Cfr. New routes for leisure – actas do Congresso Mundial do Lazer/ World leisure, Lisboa, 3 – 5 de Junho de 1992; colecção estudos e investigações- 2, Dezembro de 1994, Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa, Lisboa, , p. 257.
As consequências numa criança quando esta fica exposta à televisão durante excessivos períodos de tempo passam pela fuga psicológica, o afastamento e a depressão. Esta fuga significa “anulação de si próprio” e, uma outra consequência, a agressividade. Como tal, aconselho que se elimine ao máximo o contacto da criança com a televisão já que a televisão que hoje temos não permite um crescimento harmonioso.
Contudo, se voltarmos a este ponto , veremos que a melhor alternativa a esta vida sedentária será uma ocupação que eduque e desenvolva as capacidades infantis só possível em espaços recheados de jogos e materiais didácticos, por exemplo, nas ludotecas e que oriente as crianças para uma criatividade saudável. A orientação “é um processo psicopedagógico que pretende o desenvolvimento do indivíduo como ser autónomo” e que as ludotecas permitem que se construa através do jogo e do bom aproveitamento do tempo livre e do lazer das crianças.
O lazer é definido baseando-se no comportamento. O lazer leva-nos a uma imensidão de actividades recreativas e não-obrigatórias que derivam das escolhas e necessidades pessoais. Para as crianças o tempo livre é o tempo fora da escola.
O comportamento infantil é envolto em fantasia e imaginação. Na sociedade moderna o tempo que sobra para as crianças terem as suas próprias decisões é muito limitado. É a família e a escola quem definem o seu tempo e, por isso, as actividades extracurriculares são impostas à criança sob o pretexto do uso do tempo livre de uma forma construtiva.
Cfr. New routes for leisure – actas do Congresso Mundial do Lazer/ World leisure, Lisboa, 3 – 5 de Junho de 1992; colecção estudos e investigações- 2, Dezembro de 1994, Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa, Lisboa, , p. 257.
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22/02/2011
Ludotecas - Espaços, Objectos e Jogos I
Definição de Ludoteca
“Um oásis de sombra e luz em que as crianças se encontram consigo mesmas e com a alegria de viver, tão “deliberadamente” banida das escolas convencionais.”
Fernando António Gonçalves Azevedo
Temos que partir da ideia de que uma Ludoteca não é uma escola e, segundo a definição da Associação Internacional de Ludotecas, “é um serviço que oferece aos seus membros uma possibilidade de jogo partilhado ou empréstimo de jogos. Uma Ludoteca pode funcionar por iniciativa de indivíduos, de associações caritativas, de organizações sem fins lucrativos, poderes locais, regionais ou nacionais, ou de qualquer outra instituição deste género. Os membros das Ludotecas podem ser crianças, professores, pessoal hospitalar, pacientes ou um conjunto de pessoas interessadas pelo brinquedo ou pelo jogo. Dentro do possível, as Ludotecas funcionam como um equipamento comunitário, oferecendo para além do empréstimo de brinquedos, informação, orientação e apoio aos seus utilizadores. As Ludotecas recebem as pessoas sem discriminação de raça, sexo, deficiência, religião ou língua nacional.”
Está na hora de brincar- Fórum: a actividade lúdica no distrito da Guarda, resumo das comunicações, 1998, p. 7.
As ludotecas realizam funções pedagógicas por possuírem brinquedos que sejam próprios para o desenvolvimento infantil através da imaginação e do jogo; sociais porque têm o dever de fazer chegar os brinquedos às crianças oriundas de famílias desfavorecidas; comunitárias pois dá a oportunidade às crianças de brincarem em grupo; comunicativas entre as famílias por reviver as brincadeiras no seio familiar e de animação de bairro porque possibilita que as crianças e as famílias tenham à sua disposição actividades recreativas e formativas.
São seus objectivos o empréstimo de brinquedos às crianças, a prática de jogos ou brincadeiras em grupos de idades semelhantes, o aumento e a melhoria da comunicação e relação entre as crianças e adultos, a orientação dos pais para a escolha adequada de brinquedos, possuir material lúdico adequado às crianças desfavorecidas, a reparação de brinquedos danificados, a invenção de brinquedos e a realização de actividades de animação com os jogos e com os brinquedos, o teste dos brinquedos de forma a analisar a sua qualidade e ceder a informação aos fabricantes de brinquedos.
Cfr. Maria de Borja Solé, O jogo infantil, organização das ludotecas, 1992, Lisboa, Instituto de Apoio à Criança, p. 43-45.
“Um oásis de sombra e luz em que as crianças se encontram consigo mesmas e com a alegria de viver, tão “deliberadamente” banida das escolas convencionais.”
Fernando António Gonçalves Azevedo
Temos que partir da ideia de que uma Ludoteca não é uma escola e, segundo a definição da Associação Internacional de Ludotecas, “é um serviço que oferece aos seus membros uma possibilidade de jogo partilhado ou empréstimo de jogos. Uma Ludoteca pode funcionar por iniciativa de indivíduos, de associações caritativas, de organizações sem fins lucrativos, poderes locais, regionais ou nacionais, ou de qualquer outra instituição deste género. Os membros das Ludotecas podem ser crianças, professores, pessoal hospitalar, pacientes ou um conjunto de pessoas interessadas pelo brinquedo ou pelo jogo. Dentro do possível, as Ludotecas funcionam como um equipamento comunitário, oferecendo para além do empréstimo de brinquedos, informação, orientação e apoio aos seus utilizadores. As Ludotecas recebem as pessoas sem discriminação de raça, sexo, deficiência, religião ou língua nacional.”
Está na hora de brincar- Fórum: a actividade lúdica no distrito da Guarda, resumo das comunicações, 1998, p. 7.
As ludotecas realizam funções pedagógicas por possuírem brinquedos que sejam próprios para o desenvolvimento infantil através da imaginação e do jogo; sociais porque têm o dever de fazer chegar os brinquedos às crianças oriundas de famílias desfavorecidas; comunitárias pois dá a oportunidade às crianças de brincarem em grupo; comunicativas entre as famílias por reviver as brincadeiras no seio familiar e de animação de bairro porque possibilita que as crianças e as famílias tenham à sua disposição actividades recreativas e formativas.
São seus objectivos o empréstimo de brinquedos às crianças, a prática de jogos ou brincadeiras em grupos de idades semelhantes, o aumento e a melhoria da comunicação e relação entre as crianças e adultos, a orientação dos pais para a escolha adequada de brinquedos, possuir material lúdico adequado às crianças desfavorecidas, a reparação de brinquedos danificados, a invenção de brinquedos e a realização de actividades de animação com os jogos e com os brinquedos, o teste dos brinquedos de forma a analisar a sua qualidade e ceder a informação aos fabricantes de brinquedos.
Cfr. Maria de Borja Solé, O jogo infantil, organização das ludotecas, 1992, Lisboa, Instituto de Apoio à Criança, p. 43-45.
O UE FAZER EM RELAÇÃO AOS PAIS QUE SE DEMITEM DA SUA TAREFA?
Ao ler um artigo deste blog http://amolinguaportuguesa.blogspot.com, por Isabel Crippa, deparei-me com a pergunta final, o que fazer?
A verdade é que é difícil manter os pais a trabalhar com a escola e tal facto traz muitos problemas, tal como a autora identificou: "alunos totalmente desmotivados para a aprendizagem, resistentes a toda a forma de limite. Parecem que vivem num mundo a parte, isentos de toda e qualquer regra que não sejam as deles mesmos."
E o problema já foi descoberto:
Pais que não estão e nunca estarão preparados para terem filhos, fazem-no em demasia, criam-os sem a menor noção de valores, e depois mandam-os para a escola, achando que ela fará o milagre de incutir valores que são de seu compromisso, visto que a família é a célula primeira da sociedade.
No entanto, discordo com o facto de os pais esperarem que a escola faz milagres, pois se assim fosse, não se veriam pais a reclamar ou a interpor processos disciplinares aos professores, que depois de esgotados, tentam fazer algo mais brusco com os alunos. Não falo em violência, isso não! Falo em trabalhos de integração na comunidade escolar, como ajudar na limpeza da escola ou na manutenção do espaço escolar. Há pais que se recusam a este tipo de autorização alegando que os filhos não merecem. Aquilo que tenho a dizer é que os pais apenas passam, no máximo, 5 horas com os filhos. A escola tem os seus filhos durante o dia inteiro. Nós, Professores e Técnicos educativos, conhecemos melhor os filhos que os pais.
De facto, a confiança dos pais na escola dificulta o nosso trabalho, proibindo-o mesmo. Há leis e estatutos, com responsabilidades para os pais e alunos. Mas as medidas não são aplicadas, ou as que são, não causam danos.
Vou dar um exemplo: Sempre fui aluna de Bolsa de Estudo na Faculdade. Para continuar a ter essa Bolsa no ano seguinte, durante 4 anos (duração da licenciatura) tinha que ter aproveitamento escolar, ou seja passar de ano, e se passasse sem qualquer negativa tinha um prémio, um incremento de um determinado valor.
Pergunto então, porque é que os filhos chumbam , uma duas e 3 vezes e os subsídios não são cortados aos pais? Talvez assim os pais se interessassem mais pela escola e pelo sucesso escolar, já que também seriam aumentados caso os filhos tivessem aproveitamento.
Talvez uma outra solução passe por uma mediação efectiva e profissional entre a família e a escola. O trabalho de mediação é feito por equipas multidisciplinares e são, por vezes, as pontes necessárias entre a família e a escola e vice-versa.
Apostar em trabalho comunitário com os profissionais de ensino nos bairros problemáticos demonstra a importância da escola, a preocupação que este tem com os seus assuntos e se não vão os pais à escola, vai a escola aos pais. Programas de esclarecimento, formações, seriam importantes.
Fica o meu contributo, pois se queremos mudança, temos que arregaçar as mangas. No papel nada se resolve.
A verdade é que é difícil manter os pais a trabalhar com a escola e tal facto traz muitos problemas, tal como a autora identificou: "alunos totalmente desmotivados para a aprendizagem, resistentes a toda a forma de limite. Parecem que vivem num mundo a parte, isentos de toda e qualquer regra que não sejam as deles mesmos."
E o problema já foi descoberto:
Pais que não estão e nunca estarão preparados para terem filhos, fazem-no em demasia, criam-os sem a menor noção de valores, e depois mandam-os para a escola, achando que ela fará o milagre de incutir valores que são de seu compromisso, visto que a família é a célula primeira da sociedade.
No entanto, discordo com o facto de os pais esperarem que a escola faz milagres, pois se assim fosse, não se veriam pais a reclamar ou a interpor processos disciplinares aos professores, que depois de esgotados, tentam fazer algo mais brusco com os alunos. Não falo em violência, isso não! Falo em trabalhos de integração na comunidade escolar, como ajudar na limpeza da escola ou na manutenção do espaço escolar. Há pais que se recusam a este tipo de autorização alegando que os filhos não merecem. Aquilo que tenho a dizer é que os pais apenas passam, no máximo, 5 horas com os filhos. A escola tem os seus filhos durante o dia inteiro. Nós, Professores e Técnicos educativos, conhecemos melhor os filhos que os pais.
De facto, a confiança dos pais na escola dificulta o nosso trabalho, proibindo-o mesmo. Há leis e estatutos, com responsabilidades para os pais e alunos. Mas as medidas não são aplicadas, ou as que são, não causam danos.
Vou dar um exemplo: Sempre fui aluna de Bolsa de Estudo na Faculdade. Para continuar a ter essa Bolsa no ano seguinte, durante 4 anos (duração da licenciatura) tinha que ter aproveitamento escolar, ou seja passar de ano, e se passasse sem qualquer negativa tinha um prémio, um incremento de um determinado valor.
Pergunto então, porque é que os filhos chumbam , uma duas e 3 vezes e os subsídios não são cortados aos pais? Talvez assim os pais se interessassem mais pela escola e pelo sucesso escolar, já que também seriam aumentados caso os filhos tivessem aproveitamento.
Talvez uma outra solução passe por uma mediação efectiva e profissional entre a família e a escola. O trabalho de mediação é feito por equipas multidisciplinares e são, por vezes, as pontes necessárias entre a família e a escola e vice-versa.
Apostar em trabalho comunitário com os profissionais de ensino nos bairros problemáticos demonstra a importância da escola, a preocupação que este tem com os seus assuntos e se não vão os pais à escola, vai a escola aos pais. Programas de esclarecimento, formações, seriam importantes.
Fica o meu contributo, pois se queremos mudança, temos que arregaçar as mangas. No papel nada se resolve.
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IMPROVISO DE ACTIVIDADES
O que mais custa, por vezes, é, perante certas situações de marasmo, criar e dinamizar actividades lúdicas e educativas. O improviso é saudável mas só bem aproveitado por quem tem alguma experiência e muita criatividade.
O jogo das relações.
O jogo pode ser realizado em equipas de dois ou individualmente, com um grupo de 4 ou mais crianças.
Indicado para crianças a partir do 5º ano de escolaridade.
O jogo consiste em o Animador dizer algumas palavras, ex: Futuro, Azul, Vermelho, Deserto, Felicidade, Alegria, etc, etc.
As crianças devem escrever 5 palavras relacionadas com a palavra dada. O primeiro grupo/pessoa a terminar as 5 palavras diz: "terminei" e todos têm que terminar de escrever. O ponto (1) vale para quem tem as 5 palavras, não repetidas e logicamente em relação com a palavra principal. O ponto nulo (0) vai para a equipa/pessoa que não consegue as 5 palavras ou que tem palavras repetidas.
É um jogo simples, divertido, didáctico, que incentiva ao desenvolvimento da Língua Portuguesa.
Variantes: Em vez de ser o Animador a dizer a palavra, pode ser cada membro do jogo a ditar uma palavra.
Espero que se divirtam. Nós divertimo-nos bastante.
O jogo das relações.
O jogo pode ser realizado em equipas de dois ou individualmente, com um grupo de 4 ou mais crianças.
Indicado para crianças a partir do 5º ano de escolaridade.
O jogo consiste em o Animador dizer algumas palavras, ex: Futuro, Azul, Vermelho, Deserto, Felicidade, Alegria, etc, etc.
As crianças devem escrever 5 palavras relacionadas com a palavra dada. O primeiro grupo/pessoa a terminar as 5 palavras diz: "terminei" e todos têm que terminar de escrever. O ponto (1) vale para quem tem as 5 palavras, não repetidas e logicamente em relação com a palavra principal. O ponto nulo (0) vai para a equipa/pessoa que não consegue as 5 palavras ou que tem palavras repetidas.
É um jogo simples, divertido, didáctico, que incentiva ao desenvolvimento da Língua Portuguesa.
Variantes: Em vez de ser o Animador a dizer a palavra, pode ser cada membro do jogo a ditar uma palavra.
Espero que se divirtam. Nós divertimo-nos bastante.
28/10/2010
Dia para pensar na Animação
Caros Animadores, como já há muito tempo que não dizia nada, deixo algumas palavras, porque hoje não é nenhum dia especial, mas porque todos os dias são indicados para a reflexão.
O que foi feito até agora? o que se continua a fazer? onde estaremos no futuro?
Três questões com âmbitos profundos de reflexão, que não podemos separar nunca, pois se já se fez muito, se continuamos a fazer muito, então com certeza iremos estar em bom lugar no futuro.
Contudo:
Ainda é um facto que existem muitos Animadores que não são reconhecidos pelo seu esforço, que continuam a ser maltratados, que continuam a ser mal compreendidos!
Quero salientar que a nossa profissão ainda tem muito para caminhar e que nunca nos devemos render à falta de dignidade que muita vezes nos obrigam a assumir!
Força Animadores, Força Animação!
Porque somos necessários, Porque fazemos bem à vida!
O que foi feito até agora? o que se continua a fazer? onde estaremos no futuro?
Três questões com âmbitos profundos de reflexão, que não podemos separar nunca, pois se já se fez muito, se continuamos a fazer muito, então com certeza iremos estar em bom lugar no futuro.
Contudo:
Ainda é um facto que existem muitos Animadores que não são reconhecidos pelo seu esforço, que continuam a ser maltratados, que continuam a ser mal compreendidos!
Quero salientar que a nossa profissão ainda tem muito para caminhar e que nunca nos devemos render à falta de dignidade que muita vezes nos obrigam a assumir!
Força Animadores, Força Animação!
Porque somos necessários, Porque fazemos bem à vida!
15/09/2010
MAIS UM CONTRIBUTO PARA A ANIMAÇÃO
Para quem quer saber mais, para quem quer confirmar o que sabe.
https://docs.google.com/present/view?id=0Ab6Y1-BT-VoPZGRkamt2OXNfMjE4cjlkNnJrZ3E&hl=en
A ti, querida amiga, Parabéns pela tua luta, como sendo luta de todos nós.
https://docs.google.com/present/view?id=0Ab6Y1-BT-VoPZGRkamt2OXNfMjE4cjlkNnJrZ3E&hl=en
A ti, querida amiga, Parabéns pela tua luta, como sendo luta de todos nós.
13/09/2010
A indisciplina na sala de aula
No dia 1 de Setembro de 2010 saiu-me a sorte grande... Não! Não foi o euromilhões, mas para mim vale bem mais! Foi a sorte de poder trabalhar na área da Animação. Fui colocada numa escola no distrito da Amadora a desenvolver um projecto de Gestão de conflitos. Com este projecto pretende-se desenvolver nesta escola, com alguns problemas de indisciplina e com crianças com comportamentos desviantes e bastante complicados, uma gestão dos conflitos e dos comportamentos com vista ao sucesso escolar. Assim, as crianças que recebam ordem de saída da sala de aula, já têm um gabinete onde possam desenvolver actividades de forma a que o mau comportamento não seja punido de forma a prejudicar ainda mais a vida das crianças mas de forma a ajudá-los, apoiá-los, guiá-los para o sucesso na vida escolar e na vida pessoal com o incremento de valores e competências.
A Animação é bastante versátil, e a todo o público-alvo se adequa. Este projecto é mais um exemplo disso.
Como já estava há 4 anos sem trabalhar na área, o que apenas me prejudicou pois fui perdendo a prática, decidi investigar melhor esta temática antes de pôr mãos à obra, pois um Técnico sem conhecimentos, de nada vale. E se a teoria também não ajuda quem não sabe fazer, pretendo conhecer, estudar e aplicar da melhor forma que poder.
Conto com a ajuda de todos, para me inspirarem com ideias e temas que possa desenvolver.
Para quem se interessar pelo assunto da indisciplina na sala de aula, ficam estes sites e artigos.
http://amolinguaportuguesa.blogspot.com
http://www.educare.pt/educare/Actualidade.Noticia.aspx?contentid=12F2AB3DED463A3AE0440003BA2C8E70&opsel=1&channelid=0
http://revistaescola.abril.com.br/gestao-escolar/diretor/entender-para-resolver-indisciplina-comportamento-gestao-conflitos-521061.shtml
A Animação é bastante versátil, e a todo o público-alvo se adequa. Este projecto é mais um exemplo disso.
Como já estava há 4 anos sem trabalhar na área, o que apenas me prejudicou pois fui perdendo a prática, decidi investigar melhor esta temática antes de pôr mãos à obra, pois um Técnico sem conhecimentos, de nada vale. E se a teoria também não ajuda quem não sabe fazer, pretendo conhecer, estudar e aplicar da melhor forma que poder.
Conto com a ajuda de todos, para me inspirarem com ideias e temas que possa desenvolver.
Para quem se interessar pelo assunto da indisciplina na sala de aula, ficam estes sites e artigos.
http://amolinguaportuguesa.blogspot.com
http://www.educare.pt/educare/Actualidade.Noticia.aspx?contentid=12F2AB3DED463A3AE0440003BA2C8E70&opsel=1&channelid=0
http://revistaescola.abril.com.br/gestao-escolar/diretor/entender-para-resolver-indisciplina-comportamento-gestao-conflitos-521061.shtml
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05/07/2010
A ANIMAÇÃO NA JUVENTUDE
Achei interessante expor um pouco de um trabalho desenvolvido por Silvia M. gasparian Colello, pertencente à Universidade de São Paulo, sobre a Educação e Intervenção Escolar. Vou centrar-me na parte da educação e intervenção na Juventude já que é um campo que me interessa particularmente, e pelo menos, não entro em domínios de educadores de infância, apesar de termos, nós animadores, de conseguir lutar contra os professores que fazem e desenvolvem o nosso trabalho. Não por culpa deles, mas por culpa de muitos Srs. do nosso Ministério que acham que devem ser o professores a intervir na escola, mesmo que seja dentro de matérias e assuntos que nos dizem respeito a nós e não a elas, mas quanto a este assunto, fica aberta a discussão para quem quiser intervir e espero, mais para a frente, poder desenvolver mais este tema, por experiência própria.
Começa com várias perguntas em relação à educação: Como alcançá-la? É possível planear a intervenção para, efetivamente, atingir o ideal do homem educado? Qual o papel da escola nos diferentes estágios do processo educativo?
Sendo a educação um processo complexo que acompanha o indivíduo ao longo de toda a vida, fica a dever-se a diversos agentes, experiências e fontes de aprendizagem, sendo muitas vezes de difícil controlo. Recebemos educação através da própria vida e, como tal, torna-se absolutamente imprevisível qual o rumo e ensinamento que poderemos receber.
A escola é apenas um dos diversos agentes neste processo educativo. Oferece uma intervenção baseada em princípios éticos, culturais, cognitivos, sociais e políticos.
Ainda bem, para todos, que a escola mudou, ao longo de muitos anos, a sua própria perspectiva de aprendizagem e ensino. Se inicialmente era apenas a transmissão de saber, hoje em dia é colocada ao serviço da formação do homem em diversos âmbitos(Gusdorf, 1970).
Na verdade, as grandes mudanças educacionais do século XXI incentivam o “saber ser” e o "saber fazer" dando ao sujeito o papel activo na construção do seu conhecimento tornando-o mais consciente, equilibrado e responsável. Esta autora refere que hoje em dia a educação é como uma "bússola capaz de nortear a formação de posturas críticas e as tomadas de decisão".
Piaget continua a ser a base teórica para qualquer educador já que considera que a aprendizagem depende de um processo pessoal e activo de constante abertura para o novo num contexto de significados (razão pela qual o ensino não se encerra em si mesmo).
Já muito se tentou fazer neste campo da intervenção e da orientação, tal como, projectos de “orientação de estudos”, “orientação sexual” e “orientação profissional” e de todos os mini-projectos que são desenvolvidos pelos alunos na sua Área-projecto de turma e de grupo. De qualquer forma, entendo que a intervenção escolar por parte dos educadores deva levar a projectos de qualidade que facilitem a institucionalização, a escolarização e a orientação para o social.
A partir, normalmente dos 11 anos de idade as experiências fora das instituições escolares influenciam mais o jovem que propriamente o ensino e as matérias. Entram na adolescência e no momento da construção da personalidade e da identidade e é impensável para qualquer instituição e educador livrar-se destes aspectos no seu processo de ensinamento. Surge um crescente interesse por temas não considerados pela escola, a busca de identidade, o desejo de responder a perguntas como “quem sou” e “o que quero” são, segundo Oliveira e Chakur (In Leite Salles e Oliveira, 2000), elementos desestruturantes da pessoa que se configuram simultaneamente como elementos constituintes do amadurecimento e inserção na vida adulta. O dia a dia escolar é, assim conturbado pelos fortes apelos de ordem sexual, afectivo, económico, ideológico e social. Assim, ainda que o aluno reconheça a importância do ensino, vê-o mais como metas futuras e a escola deixa de ser o eixo central da vida do aluno. Os conflitos entre a escola e os apelos da vida social, tão frequentes nos alunos entre os 15 e 17 anos.
Dada esta nova realidade juvenil, os rumos da intervenção educativa voltam-se para a inserção do sujeito no mundo. Depois de tantos anos na escola, o adolescente se defronta com os apelos da sociedade e clama por uma escola cúmplice do seu momento de vida. Assim, sem desconsiderar o apoio ao processo de ensino-aprendizagem inerente à vida escolar, a interferência educativa reforça um compromisso social, tendo em vista a preparação de jovens para o exercício da cidadania, para a autonomia e a responsabilidade de atitudes.
Com base nesse princípio, é possível apontar as seguintes prioridades da educação de jovens:
a) Dimensão física e psicológica:
· fortalecimento de posturas, valores, e informações que possam favorecer a preservação de si e da saúde.
b) Dimensão sócio-afetiva
· incentivo ao desenvolvimento da consciência crítica que fundamenta a tomada de atitudes, a autonomia e a responsabilidade no relacionamento com o outro e com o mundo,
· orientação, e aqui poderá ser uma orientação económica, para o enfrentamento de novos desafios, tais como, o exercício da cidadania, a escolha profissional, a entrada para a universidade, o início da vida sexual e o ingresso no mercado de trabalho
· promoção de oportunidades para a conquista da autonomia e do bom relacionamento no grupo de convivência.
c) Dimensão cognitiva
· ajustamento do projeto pedagógico de modo a resgatar o valor do conhecimento e do trabalho escolar na perspectiva da sociedade e da inserção no mundo do trabalho.
Concluindo:
A intervenção educativa deve, contudo, incorporar princípios flexíveis capazes de contemplar as particularidades pessoais e culturais, escolares e sociais, tendo como alvo os processos de desenvolvimento, personalização, socialização, humanização e libertação. Trata-se, portanto de uma prática essencialmente pedagógica que ganha sentido pela sua conotação política.
Tendo em vista o inegável impacto exercido pela escola sobre o aluno, o rumo dessa intervenção ao longo da vida escolar segue um movimento dialético que procura inserir o homem na escola, favorecer a sua integração e aproveitamento para, finalmente, devolvê-lo à sociedade. Na medida em que esses momentos de rumos contrários se sobrepõem no processo educacional, preparar o cidadão é, em certa medida, investir na formação do estudante e, mais do que nunca, valorizar o processo de escolaridade.
Começa com várias perguntas em relação à educação: Como alcançá-la? É possível planear a intervenção para, efetivamente, atingir o ideal do homem educado? Qual o papel da escola nos diferentes estágios do processo educativo?
Sendo a educação um processo complexo que acompanha o indivíduo ao longo de toda a vida, fica a dever-se a diversos agentes, experiências e fontes de aprendizagem, sendo muitas vezes de difícil controlo. Recebemos educação através da própria vida e, como tal, torna-se absolutamente imprevisível qual o rumo e ensinamento que poderemos receber.
A escola é apenas um dos diversos agentes neste processo educativo. Oferece uma intervenção baseada em princípios éticos, culturais, cognitivos, sociais e políticos.
Ainda bem, para todos, que a escola mudou, ao longo de muitos anos, a sua própria perspectiva de aprendizagem e ensino. Se inicialmente era apenas a transmissão de saber, hoje em dia é colocada ao serviço da formação do homem em diversos âmbitos(Gusdorf, 1970).
Na verdade, as grandes mudanças educacionais do século XXI incentivam o “saber ser” e o "saber fazer" dando ao sujeito o papel activo na construção do seu conhecimento tornando-o mais consciente, equilibrado e responsável. Esta autora refere que hoje em dia a educação é como uma "bússola capaz de nortear a formação de posturas críticas e as tomadas de decisão".
Piaget continua a ser a base teórica para qualquer educador já que considera que a aprendizagem depende de um processo pessoal e activo de constante abertura para o novo num contexto de significados (razão pela qual o ensino não se encerra em si mesmo).
Já muito se tentou fazer neste campo da intervenção e da orientação, tal como, projectos de “orientação de estudos”, “orientação sexual” e “orientação profissional” e de todos os mini-projectos que são desenvolvidos pelos alunos na sua Área-projecto de turma e de grupo. De qualquer forma, entendo que a intervenção escolar por parte dos educadores deva levar a projectos de qualidade que facilitem a institucionalização, a escolarização e a orientação para o social.
A partir, normalmente dos 11 anos de idade as experiências fora das instituições escolares influenciam mais o jovem que propriamente o ensino e as matérias. Entram na adolescência e no momento da construção da personalidade e da identidade e é impensável para qualquer instituição e educador livrar-se destes aspectos no seu processo de ensinamento. Surge um crescente interesse por temas não considerados pela escola, a busca de identidade, o desejo de responder a perguntas como “quem sou” e “o que quero” são, segundo Oliveira e Chakur (In Leite Salles e Oliveira, 2000), elementos desestruturantes da pessoa que se configuram simultaneamente como elementos constituintes do amadurecimento e inserção na vida adulta. O dia a dia escolar é, assim conturbado pelos fortes apelos de ordem sexual, afectivo, económico, ideológico e social. Assim, ainda que o aluno reconheça a importância do ensino, vê-o mais como metas futuras e a escola deixa de ser o eixo central da vida do aluno. Os conflitos entre a escola e os apelos da vida social, tão frequentes nos alunos entre os 15 e 17 anos.
Dada esta nova realidade juvenil, os rumos da intervenção educativa voltam-se para a inserção do sujeito no mundo. Depois de tantos anos na escola, o adolescente se defronta com os apelos da sociedade e clama por uma escola cúmplice do seu momento de vida. Assim, sem desconsiderar o apoio ao processo de ensino-aprendizagem inerente à vida escolar, a interferência educativa reforça um compromisso social, tendo em vista a preparação de jovens para o exercício da cidadania, para a autonomia e a responsabilidade de atitudes.
Com base nesse princípio, é possível apontar as seguintes prioridades da educação de jovens:
a) Dimensão física e psicológica:
· fortalecimento de posturas, valores, e informações que possam favorecer a preservação de si e da saúde.
b) Dimensão sócio-afetiva
· incentivo ao desenvolvimento da consciência crítica que fundamenta a tomada de atitudes, a autonomia e a responsabilidade no relacionamento com o outro e com o mundo,
· orientação, e aqui poderá ser uma orientação económica, para o enfrentamento de novos desafios, tais como, o exercício da cidadania, a escolha profissional, a entrada para a universidade, o início da vida sexual e o ingresso no mercado de trabalho
· promoção de oportunidades para a conquista da autonomia e do bom relacionamento no grupo de convivência.
c) Dimensão cognitiva
· ajustamento do projeto pedagógico de modo a resgatar o valor do conhecimento e do trabalho escolar na perspectiva da sociedade e da inserção no mundo do trabalho.
Concluindo:
A intervenção educativa deve, contudo, incorporar princípios flexíveis capazes de contemplar as particularidades pessoais e culturais, escolares e sociais, tendo como alvo os processos de desenvolvimento, personalização, socialização, humanização e libertação. Trata-se, portanto de uma prática essencialmente pedagógica que ganha sentido pela sua conotação política.
Tendo em vista o inegável impacto exercido pela escola sobre o aluno, o rumo dessa intervenção ao longo da vida escolar segue um movimento dialético que procura inserir o homem na escola, favorecer a sua integração e aproveitamento para, finalmente, devolvê-lo à sociedade. Na medida em que esses momentos de rumos contrários se sobrepõem no processo educacional, preparar o cidadão é, em certa medida, investir na formação do estudante e, mais do que nunca, valorizar o processo de escolaridade.
19/05/2010
ANIMAÇÃO EM MUSEUS

Numa sociedade pedagógica como a nossa, em que de tudo se fala e tudo serve para aprender, os museus têm um papel fundamental neste processo servindo como espaços de aprendizagem informal. Esta acção educativa não-formal dos museus compreende que deva ser feita de maneira prazerosa. De acordo com alguns autores "a transmissão do conhecimento acontece de forma não obrigatória e sem a existência de mecanismos de repreensão em caso de não-aprendizado, pois as pessoas estão envolvidas no e pelo processo de ensino-aprendizagem e têm uma relação prazerosa com o aprender". (VON SIMSON, PARÇ, FERNANDES, 2001:10). A realização de cursos, ateliers, seminários, visitas guiadas ou não em museus são importantes instrumentos de interacção entre os visitantes e a mensagem que a própria exposição pretende transmitir. Se inicialmente, antes do séx XIX, o museu era um mero repositório de obras, achados e colecções, a partir de 1960 passou a envolver o conhecimento e a abertura a todos os públicos passando a desenvolver um papel facilitador da educação. A educação museológica é bastante complexa e, segundo Eilean Hooper-Greenhill, acenta em 3 eixos: educação/interpretação/comuniação, deve, sobretudo ser um complemento à escola. Os utilizadores são vistos como "parceiros interpretativos" (GIROUX, Henry, 1992). A Aprendizagem nos museus decorre no contexto pessoal sociocultural e físico e nas suas interacções. Após a visita ao museu não se deveria perguntar o que se aprendeu com a visita ou com o atelier mas sim, o que é que a experiência da visita ao museu contribuir para o que já sabia. (Falk e Dierking, 2000:12). Deverá haver sempre uma preocupação constante por parte dos educadores em museu de construirem os museus como lugares onde há emoções positivas pois só assim a aprendizagem é facilitada e potenciadora. Se o museu instigar a curiosidade mais motivação haverá por parte da pessoa para aprender. A curiosidade aumenta-se através da interação entre os Animadores e os visitantes. Os Animadores, responsáveis pelos serviços educativos, devem ter a sensibilidade de criar e incentivar, ainda mais, a curiosidade dos visitantes para a aprendizagem. Realizar actividades e ateliers temáticos e direccionados para diversos público-alvo é a melhor ferramenta de ver o seu objectivo educativo concretizado.
12/05/2010
O Animador Educativo e Sociocultural e a Participação das Comunidades nos processos de Animação
O animador é um elemento fulcral na animação pois, sem ele jamais haveria processo de Animação. É um interventor a nível social e cultural que sabe descobrir e estimular as potencialidades individuais e colectivas e adaptar-se constantemente ao público e ao meio onde trabalha.
O animador sociocultural é aquele que cria condições favoráveis ao desenvolvimento do processo participativo promovendo:
- O desenvolvimento das potencialidades dos grupos e das comunidades;
- A planificação participada das actividades;
- A facilitação da intercomunicação;
- O respeito das ideias dos outros;
- A aceitação das diferenças;
- A promoção da autonomia individual e colectiva;
- A gestão positiva dos conflitos.
O animador constitui uma peça chave no processo da animação, é um profissional facilitador e dinamizador das funções da animação, da sua intervenção, planificação, gestão e avaliação. Assume cada vez mais, um papel facilitador e mediador na sociedade, através do fornecimento de novos meios, técnicas e métodos de mudança cultural, social e educacional. É uma pessoa dinâmica que pretende pôr em prática o sistema de valores em que acredita. É responsável, sociável e gosta de partilhar responsabilidades no trabalho em equipa. É aberto à mudança e sabe ouvir sem manipular as ideias dos outros.
Segundo Bento1, o perfil e papel do Animador deve assentar num quadro de animador generalista – “Um especialista das generalidades, sobretudo um coordenador de grupos, sensível, culto, dinâmico, discreto, solidário e democrata. Um conhecedor de um conjunto de instrumentos que lhe permita tornar eficaz a sua intervenção. Esses instrumentos serão os conhecimentos teóricos e práticos que funcionarão como processos de partida para a sua intervenção junto dos grupos. Será, naturalmente, um conjunto de disciplinas da área das ciências sociais e humanas, o domínio da língua materna e, eventualmente, de uma língua estrangeira. (…) o conhecimento de algumas técnicas de condução de grupos e de alguns saberes políticos”.
O Animador Educativo e Sociocultural desempenha competências pessoais, pedagógicas e técnicas.
Nas Competências Pessoais o animador deve ser especialista e generalista, comunicador, sociável, responsável, dinâmico, criativo, imparcial, entusiástico, empático, adaptável, polivalente, ter iniciativa, autónoma, etc.
Nas Competências Pedagógicas o animador deve saber informar, educar e incentivar.
Nas Competências Técnicas o animador deve dominar conhecimentos gerais, conhecimentos científicos, fenómenos de grupo, métodos, técnicas e instrumentos, expressão oral e escrita, técnicas de recolha de dados, meios informáticos e multimédia.
O animador Sociocultural é um profissional que organiza, gere, desenvolve e coordena actividades e projectos de animação sociocultural para o desenvolvimento das comunidades, utilizando técnicas e recursos adequados, com o objectivo de desenvolver o espírito de pertença, cooperação, participação e solidariedade dos indivíduos.
Para Bento2 “o animador sociocultural é, de facto, um agente do desenvolvimento. Por essa circunstância, deve desempenhar funções gerais ou específicas conducentes ao êxito da melhoria da qualidade de vida das populações: comprometendo-se a estar atento à tradição e inovação cultural, obrigando-se a incentivar, apelar e organizar a participação dos indivíduos e tornando-se um ponto de referência dos valores e da democracia”.
A participação é um elemento fundamental no desenvolvimento sociocultural. Todos os protagonistas deste processo devem ter a experiência de se colocar simultaneamente nos papéis de observador e participante.
Falar de desenvolvimento cultural sem querer perceber a importância dos fenómenos da transmissão e difusão dos bens culturais, é rejeitar a oportunidade única, das comunidades fazerem a sua própria historia. A possibilidade de usufruírem do conhecimento do seu património cultural e de se consciencializarem para a sua conservação; dar importância ao seu desenvolvimento cultural, ignorando a educação é negar ás comunidades o seu crescimento intelectual, assim como inviabiliza a capacidade de se entender a democracia e uma das suas regras, a igualdade no direito de oportunidades; enfim, pensar no desenvolvimento cultural, sem reconhecer a necessidade das populações, é negar-lhes a capacidade de tomar decisões e afirmar vontades.
Avelino Bento cita que “a participação pode e deve projectar atitudes, desejos, necessidades e dinâmicas, também elas de dimensão pluralista e capazes de funcionar entre o indivíduo e o grupo e entre estes e a comunidade”3.
Incentivar as comunidades à participação é fazer sair as pessoas da passividade, do desinteresse e da apatia, para as envolver num processo de participação e criatividade. Para isto é conveniente utilizar métodos participativos.
Notas bibliográficas:
BENTO, A., “Teatro e Animação – outros percursos do desenvolvimento sócio-cultural no Alto-Alentejo”, Edições Colibri, Lisboa (2003), p.120-121.
BENTO, A., Ob. Cit., 2003
BENTO, A., Ob. Cit., 2003
BENTO, A., Ob. Cit., 2003, p. 59.
O animador sociocultural é aquele que cria condições favoráveis ao desenvolvimento do processo participativo promovendo:
- O desenvolvimento das potencialidades dos grupos e das comunidades;
- A planificação participada das actividades;
- A facilitação da intercomunicação;
- O respeito das ideias dos outros;
- A aceitação das diferenças;
- A promoção da autonomia individual e colectiva;
- A gestão positiva dos conflitos.
O animador constitui uma peça chave no processo da animação, é um profissional facilitador e dinamizador das funções da animação, da sua intervenção, planificação, gestão e avaliação. Assume cada vez mais, um papel facilitador e mediador na sociedade, através do fornecimento de novos meios, técnicas e métodos de mudança cultural, social e educacional. É uma pessoa dinâmica que pretende pôr em prática o sistema de valores em que acredita. É responsável, sociável e gosta de partilhar responsabilidades no trabalho em equipa. É aberto à mudança e sabe ouvir sem manipular as ideias dos outros.
Segundo Bento1, o perfil e papel do Animador deve assentar num quadro de animador generalista – “Um especialista das generalidades, sobretudo um coordenador de grupos, sensível, culto, dinâmico, discreto, solidário e democrata. Um conhecedor de um conjunto de instrumentos que lhe permita tornar eficaz a sua intervenção. Esses instrumentos serão os conhecimentos teóricos e práticos que funcionarão como processos de partida para a sua intervenção junto dos grupos. Será, naturalmente, um conjunto de disciplinas da área das ciências sociais e humanas, o domínio da língua materna e, eventualmente, de uma língua estrangeira. (…) o conhecimento de algumas técnicas de condução de grupos e de alguns saberes políticos”.
O Animador Educativo e Sociocultural desempenha competências pessoais, pedagógicas e técnicas.
Nas Competências Pessoais o animador deve ser especialista e generalista, comunicador, sociável, responsável, dinâmico, criativo, imparcial, entusiástico, empático, adaptável, polivalente, ter iniciativa, autónoma, etc.
Nas Competências Pedagógicas o animador deve saber informar, educar e incentivar.
Nas Competências Técnicas o animador deve dominar conhecimentos gerais, conhecimentos científicos, fenómenos de grupo, métodos, técnicas e instrumentos, expressão oral e escrita, técnicas de recolha de dados, meios informáticos e multimédia.
O animador Sociocultural é um profissional que organiza, gere, desenvolve e coordena actividades e projectos de animação sociocultural para o desenvolvimento das comunidades, utilizando técnicas e recursos adequados, com o objectivo de desenvolver o espírito de pertença, cooperação, participação e solidariedade dos indivíduos.
Para Bento2 “o animador sociocultural é, de facto, um agente do desenvolvimento. Por essa circunstância, deve desempenhar funções gerais ou específicas conducentes ao êxito da melhoria da qualidade de vida das populações: comprometendo-se a estar atento à tradição e inovação cultural, obrigando-se a incentivar, apelar e organizar a participação dos indivíduos e tornando-se um ponto de referência dos valores e da democracia”.
A participação é um elemento fundamental no desenvolvimento sociocultural. Todos os protagonistas deste processo devem ter a experiência de se colocar simultaneamente nos papéis de observador e participante.
Falar de desenvolvimento cultural sem querer perceber a importância dos fenómenos da transmissão e difusão dos bens culturais, é rejeitar a oportunidade única, das comunidades fazerem a sua própria historia. A possibilidade de usufruírem do conhecimento do seu património cultural e de se consciencializarem para a sua conservação; dar importância ao seu desenvolvimento cultural, ignorando a educação é negar ás comunidades o seu crescimento intelectual, assim como inviabiliza a capacidade de se entender a democracia e uma das suas regras, a igualdade no direito de oportunidades; enfim, pensar no desenvolvimento cultural, sem reconhecer a necessidade das populações, é negar-lhes a capacidade de tomar decisões e afirmar vontades.
Avelino Bento cita que “a participação pode e deve projectar atitudes, desejos, necessidades e dinâmicas, também elas de dimensão pluralista e capazes de funcionar entre o indivíduo e o grupo e entre estes e a comunidade”3.
Incentivar as comunidades à participação é fazer sair as pessoas da passividade, do desinteresse e da apatia, para as envolver num processo de participação e criatividade. Para isto é conveniente utilizar métodos participativos.
Notas bibliográficas:
BENTO, A., “Teatro e Animação – outros percursos do desenvolvimento sócio-cultural no Alto-Alentejo”, Edições Colibri, Lisboa (2003), p.120-121.
BENTO, A., Ob. Cit., 2003
BENTO, A., Ob. Cit., 2003
BENTO, A., Ob. Cit., 2003, p. 59.
08/05/2010
O QUE É ANIMAÇÃO?

Pela definição da UNESCO "É um conjunto de práticas sociais que têm como finalidade estimular a iniciativa, bem como a participação das comunidades no processo do seu próprio desenvolvimento e na dinâmica global da vida socio-política em que estão integrados."
Através da consciência prevê-se que as pessoas, que formam comunidades coesas e diversificadas, participem livremente nas actividades que diversas entidades públicas ou privadas possam desenvolver, com o objectivo do simples divertimento, até à resolução de problemas mais complexos. Imaginemos exemplos destas situações: O simples divertimento pode ser um baile organizado pela Junta de Freguesia (Etidade Pública) ou um concerto de um grupo conhecido a nível mundial organizado por diversas Empresas de Eventos. A resolução de problemas mais complexos passa, por exemplo, pela organização de Caminhadas ou Maratonas a favor da Luta Contra a Pobreza.
Os eventos de Animação não podem ser desligados da parte Educativa, pois uma intervenção tem que ter propósito e tem que ser capaz de dotar os interveninetes e os espectadores de competências e capacidades. Tão só os bailes comunitários têm como objectivo o convívio, que permite aos cidadãos criar laços de pertença e afectividade, tornando-os mais coesos e cooperativos, como as Maratonas a favor de diversas causas permite alertar para problemas reais e que têm que ser resolvidos e apoiados pela comunidade, tornando os cidadãos mais dispostos e voluntários para os outros. É portanto importante a participação activa da comunidade para a Intervenção/Animação resultar.
Devido ao facto de a actividade de Animação ser tão abrangente leva-nos a ser profissionais bem dotados e com grandes capacidades de intervenção em inúmeras áreas. Devemos ter sempre em conta que o facto de a Animação ser Sociocultural requer uma enorme capacidade, por parte do interveniente de compreender bem a cultura onde desenvolve a actividade tendo em conta as características, as fraquezas, as qualidades e capacidades da sociedade envolvente. Por exemplo, nunca pensar um Animador em realizar uma Festa Gastronónima Bovina em países que veneram a Vaca! Como não devemos excluir a hipótese de organizar eventos, como forma de intervir em populações de risco quando o nosso objectivo é reduzir, ou mesmo terminar, com a situação que provoca essa situação.
Gostaria que, num futuro bem próximo, o Animador fosse visto como um Recurso Humani indispensável à criação de valores e competências de cidadania; que fosse visto como um profissional sério, com elasticidade múltipla capaz de mudar a sociedade tão diminuida de valores e honra social; que fosse visto por todos os responsáveis de Instituições que intervêm na sociedade como um Ser com formação adequada de forma a enriquecer todos os povos. Não ser Deus, porque para muitos não existe Deus, mas ser seguido e apoiado de forma a conseguir concretizar o seu papel na sociedade.
Boas-Vindas

Este site surge da vontade de recomeçar a minha vida nesta área... Estudei, pensei, reflecti, lutei mas, por circunstâncias profissionais fui-me desligando já que a minha profissão actual passa por muitas funções mas nenhuma que tenha a ver com a Animação. Agora, passados 3 anos longe, decidi voltar. E voltar com força. Por isso, este espaço não é mais que um espaço onde investigo, leio, actualizo os meus conhecimento, através dos sites e blogs que visito, através dos comentários que possam merecer as minhas postagens e, claro, através de novas ideias que possam surgir. É um blog que me vai permitir pegar onde eu fiquei na temática da animação para seguir sempre em frente rumo ao futuro.
A palavra-chave deste meu blog será, Para começar e não mais acabar!
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