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08/04/2011

CESTO

Foi neste link http://www.basketmakerscatalog.com que encontrei a forma de se fazer um cesto. Agora que aí vem a Páscoa é uma ideia fácil e barata de se fazer um cesto para as amêndoas. Para oferecer, ou simplesmente enfeitar a entrada da sua casa.
Os materiais podem ser vários. Desde palhinhas de sumo coloridas, pedaços de papel ou cartolina, ou rolos de papel de jornal. A imaginação é sua, os passos dou-os eu.

Passo 1

Medida das tiras: 36cm cumprimento, a largura fica ao critério pessoal, mas sugiro entre 0,5cm a 1cm.
Formar uma cruz (1 e 2)

Passo 2

Formar nova cruz com mais duas tiras (3 e 4). Acertar bem no centro.

Passo 3

Acrescentar mais duas tiras, entre as tiras 2 e 4 e outra entre as tiras 3 e 2 (5 e 6).

Passo 4

Acrescentar mais duas tiras entre as tiras 1 e 3 e outra entre as tiras 1 e 4 (7 e 8).

Passo 5

Colocar um arame não muito forte ou um rolo de papel alternando as tiras (numa passa por cima, noutra passa por baixo) até fazer 3 voltas.

Passo 6

Virar as tiras para cima. Começar a colocar tiras alternadas.

Passo 7

As tiras devem ser colocadas até alcançar a altura do cesto que desejar.

Passo 8

Quando alcanças a altura desejada deve dobrar para fora a tira que sobrou e enfiar na laçada seguinte.

Passo 9

Colocar uma tira à volta do arremate final e, com uma tira mais fina ou lã, enrolar à volta do arremata tal como vê na imagem.

Passo 10

Poderá criar um enfeite relacionado com o tema (Páscoa, Natal, etc), colar num arame e encaixar dentro do cesto.

O resto da decoração fica ao seu critério.

Bons trabalhos manuais.

28/02/2011

A importância e os efeitos do jogo

“O jogo é para o homem como um casulo do qual emanam todas as suas actividades.”
Froebel



Brincar é a actividade preferida da criança. É através do brincar que aprende a conhecer o próprio corpo e as suas capacidades, a desenvolver a sua personalidade e uma forma de encontrar um lugar na sociedade. O jogo permite à criança encontrar-se com a realidade. Jogar e brincar é a forma de a criança se integrar e se desenvolver.
Cfr. Maria de Borja Solé, O jogo infantil, organização das ludotecas, 1992, Lisboa, Instituto de Apoio à Criança, p. 13.

A teoria sobre o jogo foi-se modificando e melhorando ao longo dos tempos. No início foi Spencer quem definiu que o jogo servia para desgastar a energia que sobrava e era visto como um incentivo. De seguida, Hall deu a ideia de que o jogo era como uma recapitulação dos estádios evolutivos do homem e, reportando-nos à Teoria das Espécies de Darwin, “o jogo seria uma preparação para a vida adulta, um entretenimento para o futuro”.
Cfr. Tomás Andrés Tripero, Juegos, Juguetes e Ludotecas, 1991, Madrid, Publicaciones Pablo Montesino, p. 14 -16.

Na nossa era refere-se que “só as coisas que jogam com os jogadores podem ser reconhecidas objectos de jogo”, ou seja, o jogo só é jogo quando se joga com algo . O jogo permite uma confrontação mais fácil com uma situação perturbadora. O jogo é interpretado como uma projecção de desejos e também como uma representação de conflitos e insucessos. A realidade adulta é experimentada na infância através do jogo. “A teoria do jogo está relacionada com a teoria do desenvolvimento da inteligência” e vê “o jogo e a imitação como uma parte integrante do desenvolvimento da inteligência e, portanto, passam pelos mesmos períodos.”
Cfr. Buytendijk, El juego y su significado in Revista de Occidente, 1935, Madrid.
Cfr. Freud, Adolescence, 1901, New York, Apleton.
Cfr. Piaget, Play, dreams and imitation in childhood, 1951, New York, Norton.


O jogo é responsável por facilitar o processo da construção da identidade e da sociabilização. Como tal, o jogar tem funções educativas, sociais e culturais. O jogo deve ser libertador da rotina e da obrigação, ou seja, o jogo “permite ao indivíduo realizar o seu Eu”.
Piaget, Play, dreams and imitation in childhood, 1951, New York, Norton, p.20.

No jogo social reconstituem os papéis adultos e as suas interacções sociais. Este jogo tem uma forte componente de ficção e é a característica essencial de toda a actividade lúdica. O jogo é uma necessidade vital, um meio de aprendizagem, expressão e comunicação com os outros.
Cfr. Maria de Borja Solé, O jogo infantil, organização das ludotecas, 1992, Lisboa, Instituto de Apoio à Criança, p. 16.

O jogo ajuda as crianças a conseguirem uma confiança em si mesmas e nas suas capacidades e permite que experimentem as interacções com os outros. Induz às crianças o desenvolvimento de capacidades que permitem que elas sejam mais tolerantes e que explorem as próprias potencialidades e limitações , porque, “o jogo é uma realidade modificadora, e sobretudo motivadora, do desenvolvimento mental da criança” . O jogo não lhe satisfaz o desejo imediatamente, mas tende a satisfazê-lo mediante uma situação imaginária, pois, é a insatisfação de um desejo que possibilita o jogo.
Cfr. Moyles, El juego en la educación infantil y primaria, col. Pedagogía- educación infantil y primaria, 1990, Madrid, Ediciones Morata, S.A., p. 22.
Vygotsky, El papel del juego en el desorden in El desarrollo de los procesos nerviosos superiores, 1982, Barcelona.
Cfr. Maria de Borja Solé, O jogo infantil, organização das ludotecas, 1992, Lisboa, Instituto de Apoio à Criança, p. 20.

25/02/2011

A IMPORTÂNCIA DA LUDOTECA NA VIDA DAS CRIANÇAS

É da nossa responsabilidade dar às crianças um bom futuro sem violência, com um bom e sólido ambiente familiar ou uma profissão segura. Hoje, o “educador” dos jovens é a televisão, Internet, jogos digitais; a realidade que estas emanam incute valores e comportamentos de violência. Diz-se, e com razão, que “os avanços da tecnologia não são bons nem maus mas dependem do uso que se lhes dá”. Portugal é o país da Europa que mais consome televisão. O professor Dr. Manuel Pinto, do Instituto de Ciências Sociais da Universidade do Minho, no seu trabalho A televisão no quotidiano das crianças, conclui que num ano as crianças passam 1100 horas nas aulas e 1210 horas em frente à televisão.
As consequências numa criança quando esta fica exposta à televisão durante excessivos períodos de tempo passam pela fuga psicológica, o afastamento e a depressão. Esta fuga significa “anulação de si próprio” e, uma outra consequência, a agressividade. Como tal, aconselho que se elimine ao máximo o contacto da criança com a televisão já que a televisão que hoje temos não permite um crescimento harmonioso.
Contudo, se voltarmos a este ponto , veremos que a melhor alternativa a esta vida sedentária será uma ocupação que eduque e desenvolva as capacidades infantis só possível em espaços recheados de jogos e materiais didácticos, por exemplo, nas ludotecas e que oriente as crianças para uma criatividade saudável. A orientação “é um processo psicopedagógico que pretende o desenvolvimento do indivíduo como ser autónomo” e que as ludotecas permitem que se construa através do jogo e do bom aproveitamento do tempo livre e do lazer das crianças.

O lazer é definido baseando-se no comportamento. O lazer leva-nos a uma imensidão de actividades recreativas e não-obrigatórias que derivam das escolhas e necessidades pessoais. Para as crianças o tempo livre é o tempo fora da escola.
O comportamento infantil é envolto em fantasia e imaginação. Na sociedade moderna o tempo que sobra para as crianças terem as suas próprias decisões é muito limitado. É a família e a escola quem definem o seu tempo e, por isso, as actividades extracurriculares são impostas à criança sob o pretexto do uso do tempo livre de uma forma construtiva.
Cfr. New routes for leisure – actas do Congresso Mundial do Lazer/ World leisure, Lisboa, 3 – 5 de Junho de 1992; colecção estudos e investigações- 2, Dezembro de 1994, Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa, Lisboa, , p. 257.

22/02/2011

Ludotecas - Espaços, Objectos e Jogos I

Definição de Ludoteca

“Um oásis de sombra e luz em que as crianças se encontram consigo mesmas e com a alegria de viver, tão “deliberadamente” banida das escolas convencionais.”

Fernando António Gonçalves Azevedo

Temos que partir da ideia de que uma Ludoteca não é uma escola e, segundo a definição da Associação Internacional de Ludotecas, “é um serviço que oferece aos seus membros uma possibilidade de jogo partilhado ou empréstimo de jogos. Uma Ludoteca pode funcionar por iniciativa de indivíduos, de associações caritativas, de organizações sem fins lucrativos, poderes locais, regionais ou nacionais, ou de qualquer outra instituição deste género. Os membros das Ludotecas podem ser crianças, professores, pessoal hospitalar, pacientes ou um conjunto de pessoas interessadas pelo brinquedo ou pelo jogo. Dentro do possível, as Ludotecas funcionam como um equipamento comunitário, oferecendo para além do empréstimo de brinquedos, informação, orientação e apoio aos seus utilizadores. As Ludotecas recebem as pessoas sem discriminação de raça, sexo, deficiência, religião ou língua nacional.”
Está na hora de brincar- Fórum: a actividade lúdica no distrito da Guarda, resumo das comunicações, 1998, p. 7.

As ludotecas realizam funções pedagógicas por possuírem brinquedos que sejam próprios para o desenvolvimento infantil através da imaginação e do jogo; sociais porque têm o dever de fazer chegar os brinquedos às crianças oriundas de famílias desfavorecidas; comunitárias pois dá a oportunidade às crianças de brincarem em grupo; comunicativas entre as famílias por reviver as brincadeiras no seio familiar e de animação de bairro porque possibilita que as crianças e as famílias tenham à sua disposição actividades recreativas e formativas.

São seus objectivos o empréstimo de brinquedos às crianças, a prática de jogos ou brincadeiras em grupos de idades semelhantes, o aumento e a melhoria da comunicação e relação entre as crianças e adultos, a orientação dos pais para a escolha adequada de brinquedos, possuir material lúdico adequado às crianças desfavorecidas, a reparação de brinquedos danificados, a invenção de brinquedos e a realização de actividades de animação com os jogos e com os brinquedos, o teste dos brinquedos de forma a analisar a sua qualidade e ceder a informação aos fabricantes de brinquedos.
Cfr. Maria de Borja Solé, O jogo infantil, organização das ludotecas, 1992, Lisboa, Instituto de Apoio à Criança, p. 43-45.

IMPROVISO DE ACTIVIDADES

O que mais custa, por vezes, é, perante certas situações de marasmo, criar e dinamizar actividades lúdicas e educativas. O improviso é saudável mas só bem aproveitado por quem tem alguma experiência e muita criatividade.

O jogo das relações.

O jogo pode ser realizado em equipas de dois ou individualmente, com um grupo de 4 ou mais crianças.

Indicado para crianças a partir do 5º ano de escolaridade.

O jogo consiste em o Animador dizer algumas palavras, ex: Futuro, Azul, Vermelho, Deserto, Felicidade, Alegria, etc, etc.

As crianças devem escrever 5 palavras relacionadas com a palavra dada. O primeiro grupo/pessoa a terminar as 5 palavras diz: "terminei" e todos têm que terminar de escrever. O ponto (1) vale para quem tem as 5 palavras, não repetidas e logicamente em relação com a palavra principal. O ponto nulo (0) vai para a equipa/pessoa que não consegue as 5 palavras ou que tem palavras repetidas.

É um jogo simples, divertido, didáctico, que incentiva ao desenvolvimento da Língua Portuguesa.

Variantes: Em vez de ser o Animador a dizer a palavra, pode ser cada membro do jogo a ditar uma palavra.

Espero que se divirtam. Nós divertimo-nos bastante.