
Numa sociedade pedagógica como a nossa, em que de tudo se fala e tudo serve para aprender, os museus têm um papel fundamental neste processo servindo como espaços de aprendizagem informal. Esta acção educativa não-formal dos museus compreende que deva ser feita de maneira prazerosa. De acordo com alguns autores "a transmissão do conhecimento acontece de forma não obrigatória e sem a existência de mecanismos de repreensão em caso de não-aprendizado, pois as pessoas estão envolvidas no e pelo processo de ensino-aprendizagem e têm uma relação prazerosa com o aprender". (VON SIMSON, PARÇ, FERNANDES, 2001:10). A realização de cursos, ateliers, seminários, visitas guiadas ou não em museus são importantes instrumentos de interacção entre os visitantes e a mensagem que a própria exposição pretende transmitir. Se inicialmente, antes do séx XIX, o museu era um mero repositório de obras, achados e colecções, a partir de 1960 passou a envolver o conhecimento e a abertura a todos os públicos passando a desenvolver um papel facilitador da educação. A educação museológica é bastante complexa e, segundo Eilean Hooper-Greenhill, acenta em 3 eixos: educação/interpretação/comuniação, deve, sobretudo ser um complemento à escola. Os utilizadores são vistos como "parceiros interpretativos" (GIROUX, Henry, 1992). A Aprendizagem nos museus decorre no contexto pessoal sociocultural e físico e nas suas interacções. Após a visita ao museu não se deveria perguntar o que se aprendeu com a visita ou com o atelier mas sim, o que é que a experiência da visita ao museu contribuir para o que já sabia. (Falk e Dierking, 2000:12). Deverá haver sempre uma preocupação constante por parte dos educadores em museu de construirem os museus como lugares onde há emoções positivas pois só assim a aprendizagem é facilitada e potenciadora. Se o museu instigar a curiosidade mais motivação haverá por parte da pessoa para aprender. A curiosidade aumenta-se através da interação entre os Animadores e os visitantes. Os Animadores, responsáveis pelos serviços educativos, devem ter a sensibilidade de criar e incentivar, ainda mais, a curiosidade dos visitantes para a aprendizagem. Realizar actividades e ateliers temáticos e direccionados para diversos público-alvo é a melhor ferramenta de ver o seu objectivo educativo concretizado.
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