25/02/2011

A IMPORTÂNCIA DA LUDOTECA NA VIDA DAS CRIANÇAS

É da nossa responsabilidade dar às crianças um bom futuro sem violência, com um bom e sólido ambiente familiar ou uma profissão segura. Hoje, o “educador” dos jovens é a televisão, Internet, jogos digitais; a realidade que estas emanam incute valores e comportamentos de violência. Diz-se, e com razão, que “os avanços da tecnologia não são bons nem maus mas dependem do uso que se lhes dá”. Portugal é o país da Europa que mais consome televisão. O professor Dr. Manuel Pinto, do Instituto de Ciências Sociais da Universidade do Minho, no seu trabalho A televisão no quotidiano das crianças, conclui que num ano as crianças passam 1100 horas nas aulas e 1210 horas em frente à televisão.
As consequências numa criança quando esta fica exposta à televisão durante excessivos períodos de tempo passam pela fuga psicológica, o afastamento e a depressão. Esta fuga significa “anulação de si próprio” e, uma outra consequência, a agressividade. Como tal, aconselho que se elimine ao máximo o contacto da criança com a televisão já que a televisão que hoje temos não permite um crescimento harmonioso.
Contudo, se voltarmos a este ponto , veremos que a melhor alternativa a esta vida sedentária será uma ocupação que eduque e desenvolva as capacidades infantis só possível em espaços recheados de jogos e materiais didácticos, por exemplo, nas ludotecas e que oriente as crianças para uma criatividade saudável. A orientação “é um processo psicopedagógico que pretende o desenvolvimento do indivíduo como ser autónomo” e que as ludotecas permitem que se construa através do jogo e do bom aproveitamento do tempo livre e do lazer das crianças.

O lazer é definido baseando-se no comportamento. O lazer leva-nos a uma imensidão de actividades recreativas e não-obrigatórias que derivam das escolhas e necessidades pessoais. Para as crianças o tempo livre é o tempo fora da escola.
O comportamento infantil é envolto em fantasia e imaginação. Na sociedade moderna o tempo que sobra para as crianças terem as suas próprias decisões é muito limitado. É a família e a escola quem definem o seu tempo e, por isso, as actividades extracurriculares são impostas à criança sob o pretexto do uso do tempo livre de uma forma construtiva.
Cfr. New routes for leisure – actas do Congresso Mundial do Lazer/ World leisure, Lisboa, 3 – 5 de Junho de 1992; colecção estudos e investigações- 2, Dezembro de 1994, Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa, Lisboa, , p. 257.

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